domingo, 19 de maio de 2013

Donnafugata



Minha filha esteve na Sicilia, Italia, no ano passado e trouxe uma garrafa do vinho Angheli, da vinícula DonnaFugata, que fica na ponta oeste do triângulo formado pela ilha. Os rótulos dessa vinícola são muito bonitos  e chamativos. Quando estive lá neste início de ano percebi que essa vinicola tem boa presença nas lojas, mercados e restaurantes, com um preço um pouco acima da média,  mas nunca havia experimentado seus vinhos. Esta garrafa que abri é um IGT feito com um corte de Merlot e Nero d´Avola, safra de 2007. Não encontrei o percentual de cada um nem no contrarrótulo nem na ficha técnica encontrada no site da empresa.  Minha suspeita é que o volume de Merlot seja maior.

O vinho passa doze meses em barricas de carvalho francês de segundo uso e atinge um pouco mais de 13%  de álcool. O preço varia em torno de 15 euros e no Vivino a avaliação é 3,5, com apenas doze avaliações.  A cor é de um vermelho intenso, já um pouco escurecido, com discreto halo. O aroma é de baixa para média intensidade e a os aromadas da madeira são muito discretos. Sobressaem-se as frutas no aroma, como a cereja e o alcaçuz. O vinho é macio e tem bom equilíbrio, como é característico da Merlot, sobressaindo-se muito discretamente a acidez. Trata-se de um vinho com corpo médio para encorpado. No conjunto, o sabor de boca é amplo e generoso e no final nota-se um ligeiro amargor e leve adstringência, o que mostra que os taninos ainda estão um pouco verdes ou que talvez precise amadurecer mais. Minha nota é 85 e acho que o custo-benefício a 15 euros é alto.  



domingo, 12 de maio de 2013

Cartuxa Reserva


No ano passado, em viagem de férias a Portugal eu comprei uma garrafa do vinho tinto Cartuxa, na vinícola, em Évora. Era um vinho “reserva”, 2008, 15 meses em barricas novas de carvalho francês, 14,5% de álcool e produzido com uvas típicas do Alentejo: Alicante Bouschet e Aragonez (que é a Tempranillo da Espanha). Os percentuais de cada uva não são informados no rótulo e nem na ficha técnica que se encontra no site da vinícola, a Fundação Eugénio de Almeida, que também produz o famoso Pêra-manca em anos excepcionais. Paguei 18 euros pela garrafa e em outras lojas de Portugal vi que o preço variava de 25 a 30 euros. No Brasil o preço em algumas lojas na web varia de 170 a 180 reais.

A garrafa foi aberta uma hora antes de beber e durante esse tempo foi mantida a 18 °C. Trata-se de um vinho de excelente qualidade. O aroma é intenso e complexo, combinando baunilha, notas de tostado, floral e frutas negras maduras. Na boca mostrou-se encorpado, sedoso e bem equilibrado, com taninos maduros. Mostrou também persistência na boca acima da média após a ingestão. Foi aprovado por todos à mesa, em harmonização com bacalhau. A harmonização funcionou bem, pois o bacalhau não estava muito salgado e atendeu à preferência de uma pessoa de nacionalidade portuguesa que também estava presente. Este é um vinho que pretendo voltar a tomar sempre que  tiver oportunidade. Tenho ainda uma garrafa da versão colheita desse vinho, que  é  um pouco mais simples. Minha nota: 90.

sábado, 4 de maio de 2013

O vinho da copa de 2010


Em fevereiro de 2011 comprei algumas garrafas do vinho do produtor Nederburg que foram vendidas no Brasil em edição comemorativa à Copa do Mundo de Futebol da África do Sul, em 2010 (Limited edition, Twenty10). Trata-se de um varietal Cabernet Sauvignon, safra de 2008, 14% de álcool. O vinho foi vendido por valores entre 25 e 35 reais. Comprei as minhas garrafas por 24,90 em uma oferta e ainda tenho quatro.  Há algumas avaliações dele na Web e no Vivino, onde tem média 3,2. O contrarrótulo informa que o vinho tem potencial para envelhecimento de cinco a sete anos. Vou abrir as garrafas restantes nos próximos anos para avaliar como ele envelhece.

A cor é intensa e já se mostra um pouco mais escura, atijolada, com um leve halo um pouco mais esbranquiçado. No nariz, o aroma é agradável, mas de baixa intensidade. Nota-se um discreto aroma de baunilha  e também de frutas escuras, como ameixa. Na boca, o sabor é agradável sem mostrar amargor ou adstringência. A textura é macia, o corpo é médio e a persistência aromática é de baixa para média (5 a 6 segundos) .O equilíbrio deixou a desejar, com a acidez um pouco acentuada. Separei parte do vinho em ¼ de garrafa, completa até a tampa. Após vinte e quatro horas, o vinho ainda estava com boa qualidade e me pareceu mais equilibrado, perdendo o excesso de acidez. Minha conclusão é que o vinho melhorou desde a a última vez que o tomei em 2012 e  minha nota é 83.