No ano passado, em viagem de
férias a Portugal eu comprei uma garrafa do vinho tinto Cartuxa, na vinícola,
em Évora. Era um vinho “reserva”, 2008, 15 meses em barricas novas de carvalho francês, 14,5% de álcool e produzido com
uvas típicas do Alentejo: Alicante Bouschet e Aragonez (que é a Tempranillo da Espanha). Os percentuais de cada
uva não são informados no rótulo e nem na ficha técnica que se encontra no site
da vinícola, a Fundação Eugénio de Almeida, que também produz o famoso
Pêra-manca em anos excepcionais. Paguei 18 euros pela garrafa e em outras lojas
de Portugal vi que o preço variava de 25 a 30 euros. No Brasil o preço em
algumas lojas na web varia de 170 a 180 reais.
A garrafa foi aberta uma hora
antes de beber e durante esse tempo foi mantida a 18 °C. Trata-se de um vinho
de excelente qualidade. O aroma é intenso e complexo, combinando baunilha,
notas de tostado, floral e frutas negras maduras. Na boca mostrou-se encorpado,
sedoso e bem equilibrado, com taninos maduros. Mostrou também persistência na
boca acima da média após a ingestão. Foi aprovado por todos à mesa, em harmonização
com bacalhau. A harmonização funcionou bem, pois o bacalhau não estava muito
salgado e atendeu à preferência de uma pessoa de nacionalidade portuguesa que
também estava presente. Este é um vinho que pretendo voltar a tomar sempre
que tiver oportunidade. Tenho ainda uma garrafa
da versão colheita desse vinho, que é um pouco mais simples. Minha nota: 90.
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