Hoje de
manhã entrei na página do UOL e logo no topo vi a informação de que estava
aberto pela web um leilão dos vinhos do ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira. A
notícia informava o link para o site do leilão e eu, curioso, cliquei. No
site visitei vários lotes de vinhos do porto, tintos e brancos. O site de
leilão informava que as garrafas foram e estavam mantidas em adega climatizada.
Não há porque duvidar, pois o proprietário tinha recursos para isso, mas o que
aconteceu depois do arresto dos bens? Alguns deles mostravam que já haviam sido
visitados por cerca de 10-12 pessoas e em nenhum caso havia lances.
Os preços iniciais
estavam caros e mais tarde quando pesquisei alguns rótulos, percebi que o
avaliador estava se baseando em preços internacionais, o que comprativamente aos preços postos no Brasil torna o preço mínimo pelo menos bem menor que o preço local. Mas é preciso checar cada cso. As perguntas que fiz a
mim mesmo naquele momento foram as que muitos outros fizeram durante o dia:
Será que não estão estragados por terem passado do tempo de consumo? Se eu
tivesse recursos, teria coragem de fazer ofertas por alguns desses vinhos? Passei pelos tintos sem encontrar uma resposta. Acho que o avaliador do leilão contratado pelo site sabe o que está fazendo, mas alguns poucos lotes de vinhos mais baratos eu fiquei com a impressão de que seria mau negócio. Uma análise dos rótulos, vinículas e safras permitirá saber o tempo esperado de guada desses vinhos e isso dará uma boa informação para a tomada de decisão. Mas é difícil avaliar visualmente só pelas fotos se há algum defeito de má conservação.
Nos brancos eu tive dúvidas e separei dois casos para comentar. A primeira foto abaixo mostra vinhos varietais de Chardonnay, da California, Estados Unidos, com cerca de quinze anos na garrafa e preços na faixa de 40 reais. Esses vinhos são famosos e têm história, Mike Grgich foi o enólogo do vinho chardonnay Montelena que ganhou o primeiro lugar na famosa degustação de Paris em 1976 e o chardonnay da Chalone ficou em terceiro. A cor é âmbar escura, mostrando vinhos já no ocaso; as vinícolas são de boa qualidade, mas mesmo assim são vinhos que devem ser bebidos até no máximo três a cinco anos depois de postos à venda. Definitivamente eu não compraria esses três.
Agora à
noite voltei às páginas do UOL e a manchete dizia que o ex-dono havia emitido
uma nota durante o dia em que diz que os vinhos estão estragados por má
conservação. O site de leilão rebate que a avaliação foi rigorosa e os vinhos
com problemas foram removidos do leilão. Diz mais, que ele está querendo "melar" (talvez coubesse melhor aqui a palavras avinagrar) o leilão. É provável, mas difícil de provar. A análise técnica nos ajuda a decidir,
mas trata-se de um leilão complicado, com grande risco de pagar caro, levar e
não beber. De qualquer forma, vou acompanhar o leilão.
Nota:o leilão foi encerrado com sucesso e praticamente todos os lotes foram arrematados. A exceção foram lotes em que havia alguma informação sobre problemas, com "rótulos mofados". Os vinhos comentados acima foram comprados: boa sorte aos compradores. Será interessante ver no futuro posts na web sobre o que os compradores encontraram quando abriram a garrafa!
Nota:o leilão foi encerrado com sucesso e praticamente todos os lotes foram arrematados. A exceção foram lotes em que havia alguma informação sobre problemas, com "rótulos mofados". Os vinhos comentados acima foram comprados: boa sorte aos compradores. Será interessante ver no futuro posts na web sobre o que os compradores encontraram quando abriram a garrafa!
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