sábado, 11 de fevereiro de 2012

Vinho - Châteauneuf-du-pape

Um dos meus professores do curso de formação profissional em vinhos comentou durante a aula que um sommelier tem que ter "litragem", com isso querendo dizer que tem que ter experiência em tomar ou provar muitos tipos de vinhos, de diferentes uvas e combinações, de diferentes lugares e diferentes produtores. Isso faz com você possa formar uma opinião sobre sobre a qualidade de uma quantidade quase infindável de vinhos e ir formando o seu próprio paladar: que tipo de vinho mais o agrada, quais são ruins, quais são bons mais muito caros em relação a outros tão bom quanto etc.

Recentemente eu li o livro ˜The Emperor of Wine", de Elin McCoy, sobre Robert M. Parker Jr. A escritora informa que no fim de 1993, dez anos após ter iniciado profissionalmente sua carreira com avaliador de vinhos, Parker havia testado 130.000 vinhos, além de ter escrito sete livros. Amante de vinho e trabalhador compulsivo, ele deve ser o ser humano vivo e morto com a maior litragem de vinhos. O estilo de vinhos que parece mais agradar a Parker, o que levou aos chamados vinhos "parkeirizados"inclui as seguintes características, sem excesso de acidez, encorpados, frutados e com algum envelhecimento em barril de carvalho francês. O livro conta também a relação de Parker com os vinhos do vale do Rhone e sua paixão por alguns deles.

Hoje, modestamente, provei pela primeira vez um vinho da região de Châteaunef-du-pape (Les Closiers), comprado na Inglaterra ao preço de onze libras por uma garrafa de 50 dl. Ao provar o vinho, a primeira impressão positiva foi o corpo e a intensidade de sabor, mas com um sabor quase adocicado, embora fosse um vinho seco. Minha impressão foi muito boa e, mesmo com minha pouquíssima litragem, concordo com Parker sobre os vinhos dessa denominação. Preciso agora provar outros para confirmar a primeira impressão!

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