sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Restaurante O Cortiço: carta de vinhos e Vinha da Paz


Em Viseu, Portugal, há um restaurante chamado o cortiço que é bem conhecido na cidade e região e recomendado em vários guias. Um aspecto diferente de todos os restaurantes com cartas de vinho que eu conheci até hoje é a carta desse restaurante lista o preço de custo da garrafa e o preço de venda. Pareceu-me uma boa iniciativa.
Do ponto de vista negativo, entretanto, é que  mostra um certo descuido com a carta, o que de certa forma o torna menos merecedor de sua fama: , é que a carta lista cerca de quarenta a cinquenta vinhos . Mas desses apenas cerca de vinte por cento estão disponíveis e estão marcados com uma bolinha preta feita à  mão, ao lado do nome do vinho.
Eu escolhi para o jantar, com a ajuda do garçom, muito prestativo e eficiente, um vinho tinto reserva com o nome de Vinha da Paz, da DOC Dão. Oitenta por cento do vinho é composto pela uva Touriga Nacional, que  fica dezenove meses em barril de carvalho francês novo. O preço de custo estava listado como certa de dez euros e o preço de venda como quinze euros. Na Internet, vi que o preço desse vinha é mesmo de cerca de 10e.  Essa margem de cinquenta por cento era mantida par os outros vinhos.
Gostei muito do vinho. Aroma intenso e delicioso, de frutas vermelhas e  tostado da madeira; corpo médio para alto, equilibrado.  Tem um ótimo custo-benefício.
Viseu, 24/02/2012

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Vinho - Zinfandel

Hoje resolvi provar um vinho da uva Zinfaldel. Comprei uma garrafa da Gallo Family, 13,5% de álcool, 2010, da California, USA. Um vinho simples, com rolha sintética, que custou 6.5 libras na loja de alimentos dos estudantes da universidade. Eu me interessei há algum tempo pela uva Primitivo, da Itália, por indicação de uma colega da ABS. Essas uva é bastante cultivada na região da Puglia, Itália, e já provei alguns vinhos das DOCs Primitivo de Manduria e Primitivo de Salento. Manduria produz melhores vinhos. Ainda está na minha lista provar um dos melhores, que é o de Lucarelli, que custa cerca de 130 reais no Brasil.

Eu já sabia que a Zinfandel e a Primitivo são consideradas clones e não há conhecimento preciso sobre como esse clone chegou aos Estados Unidos. Há pouco tempo li um livro sobre viticultura e vinificação em que os autores afirmam que elas produzem vinhos bem diferentes. Essa foi a motivação para eu experimentar a Zinfandel pela primeira vez. Ambas produzem vinhos altamente alcoólicos.
Minha impressão deste vinho, talvez influenciado pela informação já conhecida, é que a há uma certa similaridade entre as duas, pelo menos no sabor mais adocicado e macio, com bom final. Li em um blog que esta uva produz vinhos que as mulheres gostam, por essa maciez e sensação adocicada. Este vinho da família Gallo tem pouquíssima intensidade de aroma. Na boca tem um sabor mais intenso e um retro-olfato que lembra frutas maduras e vinho do porto, mas que dura pouco. Pareceu-me um vinho correto para o preço.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Vinho - Châteauneuf-du-pape

Um dos meus professores do curso de formação profissional em vinhos comentou durante a aula que um sommelier tem que ter "litragem", com isso querendo dizer que tem que ter experiência em tomar ou provar muitos tipos de vinhos, de diferentes uvas e combinações, de diferentes lugares e diferentes produtores. Isso faz com você possa formar uma opinião sobre sobre a qualidade de uma quantidade quase infindável de vinhos e ir formando o seu próprio paladar: que tipo de vinho mais o agrada, quais são ruins, quais são bons mais muito caros em relação a outros tão bom quanto etc.

Recentemente eu li o livro ˜The Emperor of Wine", de Elin McCoy, sobre Robert M. Parker Jr. A escritora informa que no fim de 1993, dez anos após ter iniciado profissionalmente sua carreira com avaliador de vinhos, Parker havia testado 130.000 vinhos, além de ter escrito sete livros. Amante de vinho e trabalhador compulsivo, ele deve ser o ser humano vivo e morto com a maior litragem de vinhos. O estilo de vinhos que parece mais agradar a Parker, o que levou aos chamados vinhos "parkeirizados"inclui as seguintes características, sem excesso de acidez, encorpados, frutados e com algum envelhecimento em barril de carvalho francês. O livro conta também a relação de Parker com os vinhos do vale do Rhone e sua paixão por alguns deles.

Hoje, modestamente, provei pela primeira vez um vinho da região de Châteaunef-du-pape (Les Closiers), comprado na Inglaterra ao preço de onze libras por uma garrafa de 50 dl. Ao provar o vinho, a primeira impressão positiva foi o corpo e a intensidade de sabor, mas com um sabor quase adocicado, embora fosse um vinho seco. Minha impressão foi muito boa e, mesmo com minha pouquíssima litragem, concordo com Parker sobre os vinhos dessa denominação. Preciso agora provar outros para confirmar a primeira impressão!