quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Vinho Tailandês


Em julho de 2012 visitei a Tailândia. No último dia antes de retornar passei por um shopping center na cidade de Phuket e comprei uma garrafa de vinho produzido naquele país. Desde que cheguei o vinho ficou armazenado em uma adega climatizada a 14°C. O preço foi equivalente a 40 reais.  As fotos do rótulo estão abaixo. Comprei em uma loja chamada Wine Connection (wineconnection.co.th), que é um Wine Bar e também tem uma loja bem sortida com vinhos de todo o mundo, mas principalmente da França. A vendedora ficou surpresa quando pedi um vinho local e só agora depois de abrir a garrafa é que entendi a surpresa dela. O vinho é distribuído pela própria loja, que tem o nome estampado na rolha. Talvez o proprietário seja o mesmo. Trata-se de um vinho da uva Shiraz , com 13,5% de álcool, safra 2009 e marca Phuket Bay. Traz no rótulo a palavra reserva e no contrarrótulo consta que ficou 18 meses em barril de carvalho Francês.

O vinho tem cor vermelho-rubi e tem ainda alguns traços violáceos. Já é possível ver um pouco de descolorido no halo. As lágrimas são normais, com média espessura e velocidade de descida. O aroma é o mesmo que já senti em alguns outros vinhos de shiraz (ou syrah) de baixa qualidade, mas não consigo caractrizar bem: não é agradável, lembra mofo ou algum produto químico, um pouco enjoativo. O aroma característico do carvalho mal dá para se perceber. Nenhum dos aromas listados no contrarrótulo é perceptível. Na boca, a primeira sensação é que se trata de um vinho um pouco picante, parecendo estar ainda fermentando, isto é, levemente espumante, o que não é típico.  O vinho é desequilibrado, com o álcool predominando e pouca acidez, o corpo é médio e nota-se um pouco de amargor nos taninos. Valeu pela curiosidade e experiêcia de beber um vinho produzido na Ásia, mas não tomaria outro. Nota: 6.9.  
 

 

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Meu primeiro Taurasi


Vinho Taurasi DOCG, Sanpaolo Azienda Agricola, 2005, 13,5. Pelas regras da região demarcada, deve ser envelhecido por três anos, com um mínimo de 12 meses em carvalho. Produzido em Torrioni, próximo ao monte vesúvio, o que caracteriza o solo da região como vulcânico. A região é da uva agliânico e permite até 15% de outras uvas no corte, mas este vinho informa no contrarrótulo que é composto só por agliânico. Não apresenta halo evidente e a cor é vermelha intensa com ligeira tendência para granada. O aroma é complexo, com o carvalho predominando,  mas não de forma exagerada, e também com sugestões de tostado e/ou chocolate, além de frutas vermelha. Apesar de informado pelo produtor, nao percebi bem o aroma de cereja, a não ser de forma muito fugaz  O corpo é médio e o sabor agradável, mas mostra-se ainda um pouco agressivo na boca, talvez precisando de  mais envelhecimento. Paguei por esta garrafa 16 euros em uma loja de Nápoles e havia outras marcas na mesma estante com valores até 35 euros, o que indica que este é um vinho de qualidade média. Comparando-se com os Barolos e Brunellos, não consegui perceber a mesma qualidade, mas é cedo para afirmar alguma coisa: vou ainda experimentar pelo menos mais nesta viagem. Minha nota: 87.